Faculdade em Hortolândia deixa 600 alunos sem aula
- Northon Bassan
- 15 de set. de 2010
- 2 min de leitura
Uniesp gera greve de professores por atraso de salário há dois meses
O grupo Uniesp, matriz na Grande São Paulo, atua há onze anos em serviços educacionais possui 23 filiais, distribuídas em 21 municípios paulistas. E tem como projeto cobrir em 4 anos o Estado inteiro.
Aprovado e reconhecido pelo MEC – Ministério da Educação, o grupo “atende as exigências estabelecidas na avaliação” em conceitos A e B. O indicador de qualidade de ensino, realizado pelo Ministério, é o IGC – Índice Geral de Cursos, que varia de 1 a 5 e entre 0 a 500. As faculdades Uniesp possuem índices de 204 (IGC contínuo) e valor 3 (em faixa), segundo avaliação realizada em 2008, disponível para consulta no portal do MEC. As instituições com valor 1 e 2 são visitadas pelo MEC, já as de valor 3 opcionalmente recebem a visita, por serem consideradas de alta qualidade de ensino e completa infra-estrutura. Os mecanismos para resultado do valor são ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), IDD (Indicador de Diferença dentre os Desempenhos Observado e Esperado), corpo docente (mestres e doutores), quantidade de aluno ingressante e concluinte e questionário sócio econômico do ENADE. Apesar dos indicadores de qualidade de ensino superior, dos conceitos contemplados pelo Ministério da Educação, notícias veiculadas pela imprensa nacional mostram que o grupo desfalca com os seus deveres administrativos. Em agosto desse ano a União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo (Uniesp), unidade Hortolândia, atrasou a entrega de documentação para a renovação das bolsas de estudo, lesando cerca de 150 alunos. E em menos de um mês há atrasos de salários dos professores, causando inicialmente paralisação por parte do corpo docente e posteriormente greve. Cursos de Sistema de Informação, Publicidade e Propaganda, Jornalismo, Administração e Ciências Contábeis deixam de ter aula nos dois primeiros períodos ou em todos os horários. O problema não é de agora, em 2009 ocorreu o mesmo, atraso salarial, contudo nesse ano agrava-se a situação, pois INSS e vale transportes também não são pagos aos profissionais de ensino. As unidades Uniesp de Ribeirão Preto, Taquaritinga e Santo André também sofrem com a crise. Alunos e professores, da unidade Hortolândia, vão realizar manifesto em frente à faculdade hoje, 14 de setembro, a fim de obter posição da Diretoria. A unidade de ensino superior Uniesp unidade de Hortolândia foi adquirida no final de 2007, quando era conhecida por “Hoyler”. Uniesp executada pelo MPT Em fevereiro desse ano o grupo empresarial Uniesp foi multado pelo Ministério Público de Trabalho no valor de R$ 49 milhões por descumprir acordo firmado (2006) com as unidades de Presidente Prudente e Presidente Epitácio. Entre as irregularidades há atraso salarial, não pagamento correto de verbas rescisórias (FGTS) e não disponibilização de assistência médica hospitalar, todas comprometidas pelo acordo.
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